sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Informes da Sociedade de Arqueologia Brasileira | Período: 14 a 22 de Novembro de 2016

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O CEPA-UFPR pede Socorro!!!        
O Cepa Ufpr (Centro de Estudo e Pesquisas Arqueológicas - UFPR) foi criado há aproximadamente 60 anos por José Loureiro Fernandes (criador do Departamento de Antropologia da UFPR e do Museu de Arqueologia e Artes Populares de Paranaguá, hoje chamado Museu de Arqueologia e Etnologia; foi também um dos diretores do Museu Paranaense). O Cepa Ufpr é uma instituição voltada para a preservação da Memória e, construiu, além de uma História, o seu próprio espaço físico, o qual precisa ser respeitado e assegurado.
É inadmissível que uma instituição consolidada como o Cepa Ufpr, com expressivo trabalho de pesquisa, relevante produção científica, atuante na formação acadêmica e, intensa prestação de serviços à comunidade como um todo, possa sofrer o risco de ter seu espaço usurpado pela insensibilidade, insensatez, ou, quiça, ignorância, da gestão de cargos administrativos transitórios. Essas atitudes déspotas são lamentáveis!
Faremos o que estiver ao nosso alcance em auxílio ao Cepa Ufpr, e pedimos a colaboração dos amigos para que somem força à esta causa.
Grata,
Angela Gomes



O Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da UFPR (CEPA/UFPR), instituição de pesquisa que fará 60 anos em 2016,  tem sofrido, nos últimos meses, pressões desproporcionais e contínuas da atual gestão do Setor de Ciências Humanas (SCH), que visam à apropriação e redirecionamento dos espaços físicos deste centro. Espaços esses conquistados historicamente e ampliados, em 2006, com recursos próprios, oriundos de projetos dirigidos por integrantes do CEPA, sem nenhum aporte de recursos da UFPR.
O CEPA/UFPR está vinculado ao Departamento de Antropologia (DEAN) e é um laboratório de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA). Nos últimos anos, o DEAN e o PPGA, seguindo recomendação feita pelos Comitês de Avaliação da CAPES, investiram no fortalecimento da linha de pesquisa vinculada à Arqueologia, direcionando uma nova vaga docente da Antropologia para a Arqueologia e selecionando um arqueólogo para o PNPD. No decorrer deste processo, os colegiados destas duas instâncias têm expressado seu apoio irrestrito ao CEPA, por entenderem que este é “um espaço especial, com uma história especial e com papel de notória importância para a UFPR e para a arqueologia brasileira” e por avaliarem que este tem um papel fundamental para consolidação do doutorado recém-criado.
As salas e laboratórios do CEPA/UFPR são funcionalmente articulados e preparados para a pesquisa, ensino de graduação e pós-graduação, curadoria e exposições didáticas e, ao mesmo tempo, aptas a promover a salvaguarda de um acervo cultural único no Estado do Paraná.
Em setembro deste ano, o PPGA/UFPR respondeu positivamente à solicitação de espaço físico pela direção do SCH cedendo uma sala, que havia sido destinada ao doutorado, para o tratamento de documentos do Arquivo Setorial, com o objetivo de que o CEPA/UFPR não fosse ocupado com tais atividades divergentes de sua finalidade precípua.
Mesmo assim, fomos novamente surpreendidos com a retomada das pressões da Direção do Setor pelo espaço físico do CEPA/UFPR, desconsiderando a autonomia do DEAN e a relevância deste laboratório para o PPGA e para o Curso de Ciências Sociais, como bem apontado pelo MEC em sua última visita.
O documento da direção do SCH faz questionamentos improcedentes quanto a “indícios potenciais da inadequação das instalações do CEPA/UFPR” para a conservação do acervo arqueológico, documental e bibliográfico. Cabe observar que as condições do CEPA/UFPR para abrigar este acervo são monitoradas pelo IPHAN que aponta o CEPA/UFPR como instituição plenamente adequada. Este e outros pontos apresentados na Carta anexa ao Ofício 78/2015–SCH, dirigida ao Conselho Setorial (Processo 23075.83823/2015-89), têm a meta clara de direcionar novas decisões, agora em instâncias superiores, visto que se propõe votar pontos essenciais, “a portas fechadas” em uma reunião do Conselho Setorial a ser realizada no próximo dia 8 de dezembro.
Dentre as decisões que a direção sugere que sejam tomadas pelo Conselho Setorial, nomeamos as principais:
1) Não considerar o CEPA como área especifica (sui generis) no Setor de Ciências Humanas, e com isso incorporar salas e laboratórios deste centro no processo de redistribuição de área física do Setor;
2) O possível redirecionamento dos acervos bibliográfico, documental e arqueológico para outras unidades ou locais considerados “melhores e mais seguros”, sem qualquer solicitação de parecer técnico, destinando ao Conselho Setorial a tarefa de “estabelecer critérios para o reconhecimento de áreas destinadas a guarda e conservação de acervos e de que modo esses critérios se aplicam às áreas destinadas a essa finalidade no CEPA/UFPR”. O ponto culminante é a ideia de transferência desse acervo para o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE/UFPR) – que não tem mais espaços para a guarda – ou para o Setor de Ciências da Terra; ou para o IPHAN, ou ainda o Museu Paranaense, etc.;
3) A Direção do SCH sugere ao Conselho que promova as comemorações, em 2016, dos 60 anos do CEPA. Nesta ocasião,  “como ponto alto das comemorações” (sic), o professor Igor Chmyz seria homenageado com o título de Professor Emérito. É louvável o apreço indicado pela Direção do Setor ao CEPA e seu acervo, mas cabe observar que o ofício encaminhado pela Direção à chefia do DEAN demonstra exatamente o inverso ao sugerir, por exemplo, a transferência do Acervo do CEPA para outras instituições e ao expor o professor Igor Chmyz, questionando a relevância de suas contribuições acadêmicas mais recentes, seu vínculo com o PPGA e fazendo afirmações equivocadas direcionadas a pessoas de seu círculo familiar.
Gostaríamos de expressar que o reconhecimento da contribuição de um professor, que dedica sua carreira à constituição nesta universidade de um centro de referência no panorama da arqueologia nacional e internacional, não se faz apenas por meio de um título de professor emérito, mas pelo respeito por seu trabalho. A passagem dos  60 anos do CEPA só pode ser comemorada em um contexto em que a manutenção e ampliação de suas atividades sejam garantidas, o que não parece estar ocorrendo no momento atual.
Desta forma, os colegiados do DEAN e do PPGA expressam publicamente seu repúdio à forma como esta questão vem sendo conduzida pela direção do Setor de Ciências Humanas.

http://www.humanas.ufpr.br/portal/antropologiasocial/noticias/carta-aberta-dos-colegiados-do-dean-e-do-ppga-a-comunidade-da-ufpr-o-cepaufpr-pede-ajuda/

segunda-feira, 10 de agosto de 2015


Memória e Patrimônio destruídos pela ignorância.

O Parque Nacional Serra da Capivara (Piauí-Brasil) guarda registros preciosos dos antepassados da região.  É uma magnífica profusão de imagens, cores e movimentos que foram desenhados nas rochas e, que deixaram muitas informações em cenas de danças e rituais, assim como de atividades do cotidiano, como caça, pesca, entre outras. Uma herança inestimável que resistiu a um longo período de tempo e a intempéries.
Com o trabalho incansável de uma vida dedicada a preservação e estudo desse rico patrimônio, a arqueóloga Niéde Guidon foi a principal responsável pela criação e gestão do Parque Nacional Serra da Capivara,  do Museu do Homem Americano e de uma série de iniciativas e ações educativas e práticas conservacionistas para que muitos pudessem ter a oportunidade de acesso a essas informações.
Entretanto, registros rupestres inestimáveis para os cidadãos do mundo estão sujeitos a destruição pela ignorância de poucas pessoas que, por desconhecerem a importância do seu passado, não compreendem que impossibilitam o conhecimento futuro de muitos.
Em um cotidiano assombroso onde o individualismo impera e há muita corrupção em muitos lugares; onde ocorrem muitos conflitos armados em diversos locais do planeta; ou, com o planeta sofrendo efeitos causados pelo mau uso dos seus recursos naturais. Também o oposto ocorre e, muitos se unem em favor de grupos menos favorecidos e em prol de um bem comum.
Acreditando na força que possa haver na união para o fortalecimento de uma causa comum, peço aos leitores desse blog, auxílio para a arqueóloga Niéde Guídon nesse momento.
Não imagino como pode ser a ajuda, mas, divulgando o problema pode ser um caminho.

Agradecimentos e Saudações!

Mais informações sobre o Parque Nacional Serra da Capivara (Brasil)
http://whc.unesco.org/en/list/606


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Olhares


Para onde os teus olhos
Repousam no fim das tardes
Partirei como um viajante errante.
Possuis no âmbar-gris
A intensidade das cores
Que alimenta a cumplicidade dos amantes.
Sigo, pelo fluxo que circunda o tempo,
No complexo movimento das galáxias,
Por onde gravitam mundos
E, partículas atômicas desenham luz
Na partitura dos ciclos solares.
Passado, presente,
Signos impressos,
Páginas a escrever...
Tudo se detalha na profusão dos instantes,
Dimensionais e inquietantes,
Em que, universos são criados.
Enigmas de luzes tingindo o céu
Ao misturar insólitos olhares.
O meu amor misturado ao teu.